Em 2011, o Brasil retirou 34 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos de circulação e se consolidou como líder mundial deste tipo de reciclagem. Em entrevista ao Rural Meio-Dia, o presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), João Cesar Rando, destacou o papel de agricultores e pecuaristas para o sucesso do sistema.
- Terminamos o ano de 2011 celebrando a grande adesão dos agricultores no Brasil - comemora.
Segundo Rando, a lavagem e devolução de embalagens se tornou rotina no campo, a partir do esforço integrado de todos os elos da cadeia. Ele acredita que após constante divulgação da política nacional de resíduos sólidos, cerca de 95% dos agricultores aderiram à causa e consideram a lei positiva.
Ao todo, 421 postos de recebimento arrecadam embalagens em todo o país e, após segregação e limpeza, encaminham para 114 unidades centrais, que são responsáveis pela inspeção final e compactação em fardos.
Rando aponta que o sistema, que é chamado de Campo Limpo, é referência no mundo. Ele lembra que, além da divulgação na mídia, um trabalho de conscientização também é realizado junto à comunidade. A iniciativa ganhou inclusive uma data comemorativa, em 18 de agosto. De acordo com o presidente do Inpev, as unidades abrem as portas para o público neste dia e oferecem orientação sobre o ciclo de vida das embalagens.
- A partir desses trabalhos, as expectativas para 2012 são muito boas. Há uma política nacional de resíduos sólidos, que faz com que os setores tenham que tratá-los adequadamente pós-consumo. Isso faz com que trabalhemos não só com embalagens de agroquímicos, mas também outros projetos, como na área de saneantes - diz.
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