Reciclagem

Setembro 29 2013

As vantagens econômicas e ambientais da reciclagem de entulhos começam a chamar a atenção dos empresários da construção civil. Veja com o repórter Renato Biazzi.

Montes de entulho avançam por estradas e terrenos baldios. Metade do lixo produzido em São Paulo vem das sobras da construção civil. Há dez anos a lei obriga as construtoras a fazer o descarte em aterros. E elas pagam para isso. Se levarem para usinas de reciclagem fica 40% mais barato.

O entulho descartado pela maioria vale muito. Todo o resíduo trazido de construções e de demolições, quando chega à usina é levado pela escavadeira até o britador. Em poucos minutos, o equipamento transforma material aparentemente sem valor em produto de mercado, pronto para ser reutilizado em grandes obras.

Daqui saem pedras de vários tamanhos, como pedriscos e britas, além de areia, que serão usados para pavimentar ruas e construir calçadas.

“A gente está deixando de extrair da natureza o minério que vai fazer a brita e utilizando a brita reciclada”, explica o empresário Pierre Ziade.

Quase toda sobra de construções pode ser reaproveitada em novas obras. As usinas do estado de São Paulo têm capacidade para reciclar 800 mil toneladas por mês, mas só produzem 25% desse total. Poucos fazem essa opção, segundo o engenheiro que trouxe a tecnologia para o Brasil por causa da fartura de recursos naturais.

“Nós temos inclusive uma certa cultura do desperdício. E agora que temos a dificuldade: os capitais são muito mais caros, tudo mais caro e acordamos pra essa necessidade de reduzir esse desperdício, utilizando-se o que está disponível”, afirma Egídio Buso, fundador da empresa.

Para a base de um galpão de 30 mil metros quadrados foram usados cerca de 600 caminhões de entulho reciclado. Uma economia de 30% no custo da obra. De quebra, o uso de reciclados uniu dois rivais históricos.

“A gente recebia entulho do estádio do Palmeiras na demolição e a brita reciclada ia para a obra do estádio do Corinthians”, conta Ziade.

 

fonte:http://g1.globo.com/j

publicado por adm às 17:33

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