Reciclagem

Agosto 22 2012

O que você faz com seus cartões de crédito quando eles perdem a validade ou se tornam inutilizáveis por outro motivo qualquer? Descarta no lixo comum? Um programa inédito no Brasil recolhe esse tipo de produto, geralmente feito de PVC, promove a reciclagem e o transforma em matéria-prima para outros materiais.

Criado em setembro de 2011, o Programa RC – reciclagem de cartão é uma iniciativa da RS de Paula, indústria que confecciona cartões de PVC. Desde novembro do mesmo ano, a iniciativa já contabiliza o recolhimento de mais de 120 mil cartões, o que representa aproximadamente 600 kg de resíduos que provavelmente seriam descartados no meio ambiente.

Em maio de 2012 foram instaladas Unidades Coletoras de Cartão em três estações do Metrô de São Paulo, a fim de disponibilizar para a população o descarte seguro e consciente dos cartões. No total cerca de quatro mil pessoas já depositaram seus cartões nas máquinas, o que representa o descarte de oito mil unidades.

Segundo o empresário Renato Soares de Paula, idealizador do programa, este número ainda é pequeno perto do potencial das estações do Metrô, locais onde há a circulação de mais de quatro milhões de pessoas por dia.

O programa foi apresentado nos dias 14 a 16 de agosto na Eco Business, feira de negócios sustentáveis realizada na capital paulista. A iniciativa inicia agora uma nova fase. “Conseguimos desenvolver internamente uma placa reciclada altamente resistente e decorativa a partir de matérias-primas que antes não eram aproveitadas, tais como os chips e as tarjas magnéticas", destacou Renato.

"Com essas placas podemos criar diversos produtos como porta copos, capa de cadernos e agendas, jogos americanos, quadros, tampo de mesa, enfim uma infinidade de objetos decorativos e funcionais", exemplificou o empresário.

Para Flavia Goldenberg, consultora de gestão de sustentabilidade do programa, o fato de o PVC ser um produto durável e resistente dá boas perspectivas para o projeto. “Acreditamos muito neste programa que atinge a cadeia de valor como um todo, desde o descarte até o reuso de cada peça que é triturada."

Valor às marcas agregado

As estações coletoras também funcionam como um poderoso veículo de comunicação com o público, pois na parte de traz foram projetados painéis que orientam o consumidor ao mesmo tempo que divulgam as marcas das empresas patrocinadoras do programa. “Iniciativa que traz alto valor agregado às empresas, uma vez que elas têm seu nome vinculado a um programa de logística reversa consistente”, ressaltou Renato.

Além disso, as empresas que aderirem ao programa podem instalar as estações coletoras em shoppings, bancos, condomínios, escolas, espaços culturais, lojas, e assim por diante em diversas cidades brasileiras.

Outro objetivo do programa é de crescer em todo o país e desenvolver as regiões. “Queremos que cada município que aderir ao programa possa desenvolver atividades e produtos com o resíduo coletado, gerando renda local, aumentando os postos de trabalho e engajando a população”, acrescenta Flavia.

De acordo com a Associação Brasileira de cartões de crédito, o Brasil possui mais de 680 milhões de unidades do produto - média de 3 por habitante. Se fossem empilhados, eles teriam a altura de 11 mil prédios de 10 andares.

fonte:http://www.domtotal.com

publicado por adm às 10:14

Agosto 22 2012

O aço é o material mais reciclado no mundo e pode voltar para o processo de produção de maneira infinita

Há dez anos, a Metalic Nordeste, uma empresa do grupo CSN, lançou o projeto Reciclaço, para resgatar as latinhas de aço que a empresa produzia e eram descartadas no meio ambiente após o consumo de bebidas. De lá até 2010, a iniciativa já reciclou 153 mil toneladas de latas, conforme auditoria da Environmental Resources Management (ERM).


O depósito da Metalic tem 9.500 m² e pode armazenar 115 milhões de latas fotos: JL rosa

Em 2011, os números, conferidos no último dia 14, e que passam por processo de validação de dados, apontam que nada menos de 85,4% das latas de aço que são fabricadas no Estado retornaram à fábrica, localizada no Distrito Industrial, em Maracanaú. A Metalic é a única indústria da América Latina a trabalhar com esse tipo de produto. Toda a cadeia produtiva de reciclagem atinge cerca de 15 mil famílias, numa estimativa de que possam ser beneficiadas 45 mil pessoas.

Das 23.076 toneladas de latas de aço produzidas (804.736.000 unidades) em 2011, nada menos do que 19.701 (85,4%) foram recicladas. O número certamente é um pouco maior, visto que parte dos 15,6% que não retornaram à Metalic foram parar em sucatas sem classificação adequada, uso para artesanato ou outras aplicações, reforçando assim o índice de reciclagem que pode ser superior a 90%.

Cerca de 25% das latas de bebidas que circulam no Nordeste são de aço. A Metalic, que tem cerca de 230 funcionários, responde por 8% do mercado brasileiro de latinhas de aço.

Catador

A lata de aço pesa entre 27 e 29 gramas e tem o fundo fosco. A de alumínio é mais leve, pesando entre 12 e 14 gramas e tem o fundo claro. A experiência do catador é fundamental para não misturar os dois produtos. Além dessas características, ele é capaz de distinguir as latinhas também pelo rótulo, pois sabe que determinada marca usa apenas um tipo específico de embalagem - aço ou alumínio.

O gerente geral de Operações da Metalic, Carlos Alberto Augusto, enumera as vantagens do produto. "É mais resistente, biodegradável (em cinco anos se decompõe), tem melhor percepção visual e percorre grandes distâncias sem gerar perdas".

Sobre o trabalho de reciclagem, o gerente confessa que não é tão simples. "Temos um trabalho de conscientização junto aos catadores. Possuímos um mapeamento de todos os locais onde nossas latas são entregues. Nessas regiões, buscamos parcerias com sucateiros para reaver o produto após o seu descarte por parte dos consumidores".

Carlos Alberto frisa que, "além disso, temos uma programação especial para eventos como Carnaval, micaretas, vaquejadas etc. Nessas ocasiões, distribuímos bonés e camisas para a população identificar os catadores. É um trabalho diuturno, de formiguinha, feito a todo momento. Não podemos parar ou deixar que um segmento dessa cadeia relaxe. A reciclagem é como segurança: um tem que ajudar o outro".

No trabalho de garimpagem das latinhas espalhadas, a empresa dispõe de uma rede imprescindível que conta numa das pontas com os catadores, que repassam o que recolheram para pequenos depósitos que, por sua vez, negociam com 58 sucateiros masters devidamente credenciados e espalhados pelas regiões Norte e Nordeste.

"Como empresa, temos que lidar diretamente com os sucateiros que têm razão social e formam também uma empresa constituída. Eles possuem uma estrutura que inclui desde máquinas para prensar o produto até caminhões para realizar o frete até nossa sede. Enquanto o mercado paga entre R$ 0,14 e R$ 0,20 por quilo, nós pagamos R$ 0,30. Na Europa e Estados Unidos, o processo de reciclagem se dá por obrigação legal e consciência da população em relação à questão da sustentabilidade. Aqui no Brasil, ainda temos que usar o incentivo financeiro", ressalta Carlos Alberto.

"Não podemos deixar de levar em consideração que a reciclagem dá oportunidade de ocupação a muitas famílias que não têm outra forma de sobrevivência e que deveriam ser incentivadas mais ainda, pois ajudam a preservar a natureza", conclui.

Cuidado

O parque industrial da empresa tem capacidade de produção de 938 milhões de latas por ano. Em 2011, as vendas atingiram 804 milhões e 737 mil unidades. A entrada no depósito é restrita aos funcionários habilitados pois, no labirinto formado por torres e mais torres de latinhas, uma ação imprudente pode ocasionar um desmoronamento. "Tomamos todas as precauções possíveis para só permitirmos a entrada do pessoal credenciado e com o equipamento de segurança. Todo cuidado é pouco", alerta Alexandre Nascimento, coordenador de Suporte Técnico e Reciclagem da Metalic.

Segundo a Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço), o material reciclado é ingrediente necessário e fundamental para a fabricação do novo aço. O processo também vem sofrendo cada vez maior redução dos níveis de emissão de CO2: nas últimas três décadas, a emissão foi reduzida em mais de 50%. Além disso, reduziu-se também o nível de consumo de energia primária no processo produtivo do aço em cerca de 40%. A cada 100 embalagens recicladas, poupa-se o equivalente a uma lâmpada de 60W acesa por uma hora.

Cempre

Pesquisa bianual realizada pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) em 2010 aponta que foram produzidas 33,3 milhões de toneladas de aço bruto no País. Dentro desse montante, 604 mil toneladas foram de folhas de aço para embalagens. Cerca de 10,2 milhões de sucatas foram utilizadas para a produção de novo aço, o correspondente a 30,6% do que é produzido no Brasil.

O aço é o material mais reciclado no mundo. Em 2010, cerca de 424 milhões de toneladas foram reaproveitadas no planeta. Conforme ainda o Cempre, no País, são consumidas cerca de um milhão de toneladas de latas de aço por ano. Isso representa apenas 3,67 quilos por habitante. Nos Estados Unidos, o consumo é quase três vezes maior (10%).

NÚMEROS

938 
milhões de latas de aço por ano é a capacidade de produção da Metalic que, em 2011, produziu nada menos do que 804 milhões e 737 mil unidades

424 milhões de toneladas de aço foram recicladas em 2010 em todo o mundo, segundo o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre)

FIQUE POR DENTRO
Processo de produção: 2.600 latas por minuto

O aço chega em bobinas, passa por um tanque de lubrificação e segue para uma prensa até produzir o copo estampado (de aproximadamente três centímetros de altura), que é inserido numa outra máquina para sofrer um processo de estiramento; em seguida, é realizado o corte da parte excedente, deixando a lata aparada. O próximo passo é a lavagem, onde são removidos todos os resíduos, secagem e decoração (colocação do rótulo). A próxima etapa é o revestimento interno, com a aplicação de um verniz que é secado em um forno a gás. Aí vem a chamada formação do "pescoço" seguida de um teste de luz que detecta algum tipo de furo na embalagem: caso ocorra, o produto defeituoso é imediatamente descartado; do contrário, passa pela inspeção de câmaras onde são verificados possíveis amassamentos. Trata-se de outra etapa "eliminatória", ou seja, se constatada alguma imperfeição, a lata é inutilizada. O complexo processo de fabricação não para por aí. Agora é a vez do revestimento do fundo da lata. Uma nova camada de verniz é aplicada, desta feita, com o intuito de impedir o contato do substrato com o produto envazado. Uma terceira aplicação é feita também no fundo. Depois de tudo isso, uma nova inspeção de câmaras é realizada para a verificação de possíveis defeitos. Enfim, o processo está concluído e as latinhas são levadas por uma paletizadora e colocadas em paletes que comportam 8.169 unidades. Todo esse processo implica na fabricação de 2.600 latas por minuto.

fonte:http://diariodonordeste.globo.com/

publicado por adm às 10:12

Agosto 21 2012

Com a mudança da distribuição de conteúdo em mídias físicas para distribuição digital, o problema é o que fazer com os CDs e DVDs velhos? A Fujitsu já tem sua própria solução: transformar estes discos em laptops.

Anunciado hoje pela Fujitsu, seu novo programa de reciclagem coleta CDs e DVDs usados e reutiliza o plástico como material para a produção de carcaças de laptops. O primeiro modelo produzido a partir desta iniciativa é o Lifebook P772/E:

 

Embora a Fujitsu forneça as fábricas e os discos velhos, o know-how sobre a reciclagem veio de seus laboratórios. Para evitar que os elementos químicos usados nos discos contaminem a cadeia de produção, o Fujitsu Laboratories desenvolveu um banco de dados para gerenciamento de risco para substâncias químicas. Este banco de dados permite que as fábricas da empresa tenham a certeza de que os laptops produzidos com o material reciclado estão em conformidade com todas as normas para produção de plástico.

Com o plástico dos discos usado para fazer o painel frontal de um laptop, a empresa espera reduzir o uso de novos plásticos em até 10 toneladas por ano enquanto também reduz as emissões de dióxido de carbono em 15%.

O processo funciona graças ao material usado na produção dos CDs e DVDs, que é uma forma de plástico conhecida como policarbonato. 

O novo programa de reciclagem por enquanto está restrito apenas ao Japão.

fonte:http://www.baboo.com.br/

publicado por adm às 11:27

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