Segundo estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), 150 mil toneladas de lixo são produzidas diariamente no Brasil. Dos 5.565 municípios do país, apenas 8% possuem programas de coleta seletiva. Por falta de consciência sobre o problema dos resíduos sólidos, 40% do lixo acaba sendo despejado em lixões a céu aberto.
O Ministério do Meio Ambiente pretende livrar o país dos aterros a céu aberto até 2014. Para isso, já proibiu, por Lei, o despejo de qualquer tipo de resíduo passível a reciclagem ou reutilização em aterros sanitários. De acordo com o decreto, os moradores deverão separar o lixo seco do orgânico, do contrário, serão advertidos e, em caso de reincidência, pagarão multa que varia de R$ 50 à R$ 500. As prefeituras deverão fazer essa fiscalização, e implantar a coleta seletiva de porta em porta.
Dados do IBGE apontam que, na última pesquisa realizada, dos 78 municípios capixabas apenas quatro possuíam coleta seletiva em toda sua extensão territorial. O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES), Luis Fiorotti, explica que a lei de resíduos sólidos, além evitar a poluição dos recursos hídricos, solo e ar, será um grande passo para evitar episódios como inundações e desmoronamentos.
"Os perigos associados ao lixo têm muitas conseqüências, além de prejudicar a saúde. A nova lei ajudará a reduzir drasticamente a quantidade de resíduos destinados ao aterro sanitário. O local de descarte também é uma preocupação. Aterros devem ser instalados longe de rios, por exemplo. Inundações e desmoronamentos também podem ser resultados de descartes inadequados de lixos. O social também será beneficiado, pois haverá geração de emprego e qualidade de vida para a população", afirma Fiorotti.
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