Reciclagem

Junho 17 2011

Metais raros e essenciais para a tecnologia verde são mais desperdiçados do que se imagina. Os celulares, por exemplo, concentram estes metais, porém a frequência com que são reciclados ainda está abaixo do ideal, segundo relatório da ONU.

Segundo uma reportagem da "New Scientist", um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostrou que muitos dos metais fundamentais para a tecnologia verde estão em gadgets, que são jogados fora ou esquecidos “trancados numa gaveta”.

Foram 60 metais examinados pelo estudo. Mundialmente, 34 dos metais têm taxas de reciclagem de 1% e 18 são mais de 50% reciclados. Na classificação dos menos reciclados estão o telúrio, o gálio e o lítio, os dois primeiros são usados em celulares que utilizam a energia solar. Já o lítio, é normalmente encontrado em baterias, como as de celular, por exemplo.

Estes metais ainda não são muito reciclados, porém essa  medida será imprescindível, segundo o relatório. É muito mais simples e sustentável reciclar estes objetos que já estão em uso e assim economizar energia e recorrer menos à mineração. O autor do estudo, Thomas Graedel, da Universidade de Yale, afirma que “muitos metais podem ser usados e reutilizados”.

Segundo o jornal O Globo, existem duas razões principais para que esse tipo de reciclagem ainda seja pouco praticada. Primeiro porque a produção dos dispositivos eletrônicos não visa a reciclagem, sendo poucos os fabricantes que percebem esta possibilidade. Outro motivo apontado é o fato de que muitas pessoas ficam com seus aparelhos por anos a fio. Esta última torna-se menos provável à medida que a troca de celular é cada vez maior e em um curto prazo de tempo.

O problema não está somente na pouca reciclagem destes materiais, mas também na falta de preocupação com as tecnologias verdes em geral. É claro que coletar mais metais para reciclagem é muito importante para começar a resolver este problema. No entanto, Graedel lembra a importância de atualizarmos nossa tecnologia de reciclagem. Isto porque cerca de 70% dos metais que teriam como destino a reciclagem se perdem no meio do processo.

A maior parte dos componentes de um computador, por exemplo, são recicláveis, mas falta tecnologia suficiente para que ocorra este reaproveitamento. Segundo a Associação de Recicladores de Lixo Eletroeletrônicos, países como Alemanha, Estados Unidos e Índia, reutilizam até os metais dos chips.  A Associação é uma ONG ambiental com sede em Londrina, Paraná, que faz a destinação correta do lixo eletrônico.

Outra ONG que atua neste setor é a PC Vida, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Esta organização também faz a coleta e destina os materiais eletroeletrônicos para os locais devidos, ou seja, ainda não há no Brasil uma indústria de reciclagem do lixo eletrônico. O que ocorre são algumas iniciativas e ações locais, que significam uma ajuda, mas oferecem poucas chances de expansão neste tipo de trabalho. 

fonte:http://www.ciclovivo.com.br/

publicado por adm às 22:50

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