Reciclagem

Outubro 30 2012

Levantamento divulgado pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) informam que o país reciclou 248,7 mil toneladas de latas de alumínio para bebidas, das 253,1 mil toneladas disponíveis no mercado em 2011. Com isso, o índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas atingiu 98,3%, mantendo o Brasil na liderança mundial desde 2001. Segundo dados das duas entidades, foram recicladas no ano passado 18,4 bilhões de embalagens, o correspondente a 50,4 milhões/dia, ou 2,1 milhões/hora.

Segundo o diretor-executivo da Abralatas, Renault de Freitas Castro, a indústria fabricante de latas para bebidas vem investindo continuamente para atender a demanda. "o setor ampliou em 2012 a capacidade produtiva em 9,5%, saindo de 21 bilhões para 23 bilhões de unidades/ano, para uma expectativa de crescimento de 7% no consumo de latas".

Carlos Roberto de Morais, coordenador da Comissão de Reciclagem da Abal, comemora mais um recorde na reciclagem das latas de alumínio e explica, "esse resultado tem como base uma cadeia estruturada há mais de 20 anos, que garante uma demanda forte e consistente e que remunera todos os elos envolvidos".

Segundo o estudo, a coleta de latas de alumínio para bebidas injetou R$ 645 milhões na economia nacional. Além disso, por consumir apenas 5% de energia elétrica, quando comparado ao processo de produção de metal primário, a reciclagem das 248,7 mil toneladas de latas proporcionou uma economia de 3.780 GW.h ao país, número equivalente ao consumo residencial anual de 6,5 milhões de pessoas, em dois milhões de residências.

fonte:http://www.monitormercantil.com.br/

publicado por adm às 23:09

Outubro 28 2012
A partir de hoje, as estações Paraíso e Consolação do metrô de São Paulo colocam à disposição da população máquinas coletoras de cartões, uma iniciativa da Seguros Unimed. O objetivo das máquinas, desenvolvidas pela empresa RS de Paula, é estimular o descarte correto e seguro de cartões de seguro saúde, débito, crédito, fidelidade, cartões-presentes, entre outros.

 

As estações coletoras possuem um sistema que permite que a própria pessoa gire uma manivela e veja seus cartões e dados sendo cortados. Além disso, elas também possuem um marcador que contabiliza quantos cartões foram destruídos e é capaz de cortar os cartões em pontos estratégicos, inutilizando tarjas magnéticas e chips, preservando a segurança dos usuários. Seu acionamento é manual, para economizar energia elétrica e facilitar a instalação.

 

O material coletado será reaproveitado na confecção de novos cartões e de outros produtos, tais como capas de caderno, crachás e réguas. A manutenção do processo e o destino adequado dos resíduos são de responsabilidade da RS de Paula.

 

- Esta ação reflete o compromisso da Seguros Unimed com a sustentabilidade e o cuidado com as pessoas e o meio ambiente, vindo juntar-se a outros projetos como o Programa Atitude Sustentável, que estimula a redução do uso da energia e da impressão de papel na empresa. No ano passado, foram poupados na seguradora aproximadamente R$ 43 mil e 1,2 milhão de folhas de papel - explica Denise Novaes de Lima, da área de Responsabilidade Social.[2]

 

As estações coletoras integram a segunda fase do Projeto Reciclo da Seguros Unimed, por meio do qual clientes descartam carteirinhas do seguro saúde para reciclagem nas urnas enviadas pela companhia. Desde a semana passada, colaboradores da Seguros Unimed também têm acesso a uma estação coletora instalada no hall térreo da matriz da seguradora, em São Paulo. Em 2011, o Projeto reciclou quase 14.000 carteirinhas. A iniciativa visa o descarte adequado e seguro dos cartões de PVC inutilizados, desde os cartões de seguro saúde da própria empresa até os de crédito, bancário, farmacêutico, entre outros, e integra os programas da seguradora voltados a minimizar impactos ambientais e conservar recursos naturais.

 fonte:http://www.segs.com.br/i
publicado por adm às 20:10
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Outubro 25 2012

De forma a desenvolver uma adequada gestão de resíduos sólidos e urbanos, a autarquia de Celorico de Basto estabeleceu um protocolo de colocação de contentores para recolha de velas e cirios dos cemitérios tendo como fim o seu reaproveitamento ou reciclagem. 
O presente protocolo implica a colocação de 24 contentores nos cemitérios do concelho e a gestão dos mesmos. Esta tarefa é da responsabilidade da empresa “Ceradenovo, lda” a quem é dada a exclusividade de recolha dos resíduos pelo município de Celorico de Basto. As duas entidades veem-se assim na responsabilidade de respeitar as cláusulas descritas no protocolo para que o mesmo vigore pelo tempo estipulado que são quatro anos com renovação automática. 
Este protocolo permitirá uma recolha seletiva de resíduos que normalmente eram colocados no lixo normal e seguiam para os aterros. Neste caso, desenrola-se o processo de triagem dos resíduos que poderão ser reaproveitados sendo o restante encaminhado para a reciclagem. 
A autarquia tem tido uma preocupação rigorosa no que respeita ao meio ambiente visto ser uma área maioritariamente rural e com características saudáveis que não pretende ver alteradas. “Em Celorico de Basto respira-se ar puro e não queremos que esse facto, tão importante, se altere. Por isso, temos feito um trabalho importante no que respeita à gestão dos resíduos sólidos e urbanos de forma a garantir um futuro mais apelativo para as gerações vindouras”, referiu o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Mota e Silva. 
Importa mencionar que todos os materiais usados na construção dos contentores de recolha dos resíduos seguem as regras ambientais da União Europeia.

fonte:http://www.correiodominho.com

publicado por adm às 23:18

Outubro 21 2012

Usinas de reciclagem, em Belo Horizonte, reciclaram 112 mil toneladas de material em um ano. Empresas que utilizam a matéria-prima podem ter redução de custos.

 

Toda obra gera entulho. É o dono da obra quem deve assegurar a destinação correta disso tudo, normalmente os aterros. Quando isso não acontece, cerâmica, gesso, cimento, concreto, vergalhão, madeira e outros materiais aparecem abandonados em terrenos baldios, encostas de morro ou nos leitos dos rios e lagos.

No Brasil, são recolhidas oficialmente 33 milhões de toneladas de entulho por ano. Material suficiente para construir quase 500 mil casas populares de 50 metros quadrados cada.

Mas quem estuda o setor de construção civil admite que a quantidade gerada é muito maior que essa. Há quem não veja no entulho problema, e sim uma solução. Em Belo Horizonte, por exemplo, o que é coletado nas ruas é levado para usinas de reciclagem.

Tudo o que chega é despejado e espalhado no pátio. A água ajuda a baixar a poeira. Aí começa a coleta das impurezas.

Tudo que não pode entrar na reciclagem do entulho, é impureza, e a cada dia são separadas 10 toneladas de impurezas, que vai para o aterro. O britador tritura todos os materiais em cinco diferentes tamanhos de grãos.

Uma usina de reciclagem de entulho é uma linha de montagem de diferentes material de construção como, por exemplo, brita, é muito comum para quem está fazendo obra, precisa de pedrinha. Ela vai substituir a brita natural na elaboração de blocos, pavimentação, meio fio, então substitui o material natural. Esse material, que antes seria lixo, passa a ser insumo para as nossas obras.

“Se eu fosse buscar no mercado para todas as obras municipais seria uma despesa importante, não só o material, a brita e a areia, como o material que a gente usa base e sub-base de pavimentação, cobertura de valas”, fala o diretor de Planejamento da Sup. Limpeza Urbana/BH, Lucas Garilho.

A primeira usina foi inaugurada há 17 anos. Hoje são três em atividade, transformando 460 toneladas de detritos, por dia, em matéria-prima para a construção civil. Apenas no ano passado, Belo Horizonte reciclou mais de 112 mil toneladas de entulho.

Com esse material seria possível construir:
- 1.651 casas populares com 50 metros quadrados;
- 34 quilômetros de ruas com dez metros de largura;
- 67 escolas com mais de mil metros quadrados.

Se fosse comprar esses materiais no mercado, Belo Horizonte, teria de gastar aproximadamente R$ 7 milhões por ano.

“Um bloco no mercado, ele está em torno de R$ 1, R$ 1,20. Para nós sai com uma redução em torno de 40% um valor menor do que esse. A gente tem uma economia de 40% em cada bloco”, conta Garilho.

Não é difícil encontrar na capital mineira construções feitas a partir do entulho reciclado. É o caso de um galpão de pneus velhos.

O piso foi feito de entulho, paredes feitas de entulho. À primeira vista não dá para identificar a origem. A pergunta que interessa é: dá para confiar, é seguro? “Para esse tipo de construção, um piso mais grosseiro, um bloco de vedação, o entulho reciclado ele pode ser tranquilamente utilizado”, afirma Garilho.

O setor privado também passou a se interessar pelo entulho. Nossa equipe visitou, em São Paulo, uma empresa que instalou cinco unidades de reciclagem pelo país. Duas delas, na capital paulista.

Criada há três anos, a empresa já transformou em matéria-prima para a construção civil 200 mil toneladas de entulho. “É uma solução econômica para as empresas que utilizam por ser até 30% mais barato que o produto natural”, fala o sócio da Estação Resgate, Gilberto Meirelles.

Para o empresário, o potencial de crescimento desse mercado é proporcional a quantidade de entulho que ainda é abandonada no lugar errado. “Hoje em dia a gente estima que praticamente metade do entulho gerado não vão para aterros licenciados. Só aí a gente está observando que tem uma grande oportunidade de matéria-prima para ser reciclada”, completa Meirelles.

Num canteiro de obras em São Paulo, até mesmo as impurezas recebem a destinação correta. São separadas na origem para facilitar a reciclagem. “Do todo da obra, em linhas gerais, esse entulho representa 50%. O resto seria metal, madeira, plástico, papel, gesso, já destinados para reciclagem”, diz o gerente de Desenvolvimento Tecnológico-Cyrella, Alexandre Amado Britez.

A construtora treina e conscientiza os funcionários a gerar o mínimo e reaproveitar o máximo do material. Isso reduziu em 35% a quantidade de entulho gerada em cada obra e o que é produzido vai para uma empresa contratada pela construtora para reciclagem.

Esses são exemplos de que, aos poucos, o Brasil vai descobrindo a riqueza do entulho. Menos mineração. Menos custos, mais inteligência na hora de construir o novo, reaproveitando o que nunca mereceu ser chamado de velho.

fonte:http://g1.globo.com/jo

publicado por adm às 23:20

Outubro 19 2012

O lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo, é gerado pelas constantes mudanças tecnológicas dos computadores e celulares. Cerca de 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são jogadas fora, todos os anos, pela população do mundo. No Brasil, algumas empresas encontraram na reciclagem de aparelhos descartados uma boa oportunidade de mercado.

Hoje existe mais de um celular por brasileiro. Toda hora surgem modelos novos, toda hora as pessoas estão trocando os aparelhos. Mas o que fazer com os velhos e ultrapassados? E não só celulares. TVs, sons, computadores que a gente não quer mais. A solução é o descarte correto e a reciclagem dos eletrônicos. Um lixo que vale dinheiro.

Computadores velhos, TVs e celulares descartados. Quando os aparelhos eletrônicos ficam obsoletos, o empresário Marcus Oliveira entra em cena, recolhe e trata o lixo eletrônico das empresas.

“Hoje, só no Brasil, a gente tem mais de um aparelho celular para cada habitante. E além dos computadores, eletrônicos, tudo isso mais, a cada dia vai sendo muito mais rápido descartado. E vai gerando um volume muito grande”, afirma o empresário.

O negócio ganhou impulso com uma lei do governo federal de 2010, que obriga as empresas a cuidar do lixo eletrônico, para não contaminar o meio ambiente. A lei estabelece que o consumidor deve devolver os produtos usados nos mesmos lugares da compra. E as lojas que comercializam os produtos são obrigadas a levá-los ao centro de triagem mais próximo.

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“A lei é a Política Nacional dos Resíduos Sólidos que institui diretrizes de como se destinar corretamente todo tipo de resíduos sólidos no Brasil, entre eles, é citado na lei o resíduo eletroeletrônico. Ela traz oportunidades para o negócio porque imputa sobre fabricantes, importadores e grandes empresas, ou todo tipo de empresa, a responsabilidade de destinar corretamente os seus resíduos eletroeletrônicos”, explica Ronilson Rodrigues Freitas, da Associação Brasileira de Reciclagem.

A empresa de Oliveira cobra a partir de R$ 0,40 por quilo de material recolhido. Se for para rastrear e destruir arquivos, esse valor pode chegar a mais de R$ 2 por quilo.

Segundo o empresário, com R$ 50 mil dá para montar uma pequena empresa de recolhimento de lixo eletrônico. O valor é para a estrutura física do negócio e para obter a licença ambiental de funcionamento.

“Tem oportunidades para os novos pequenos empresários que podem investir num negócio de manufatura reversa de equipamentos eletrônicos e a gente pode inclusive, dar todo o apoio para essa empresa. De quer forma? Adquirindo deles placas eletrônicas, por exemplo, que são fonte de receita”, revela Oliveira.

Na empresa, o lixo eletrônico é desmontado a mão, peça por peça. Depois, separado por categoria. Metais, plásticos, baterias. Eles são entregues para empresas especializadas em reciclagem ou descarte.

Parte do lixo vale dinheiro. É o caso das placas eletrônicas de computadores. Elas contem 17 tipos de metais. Alguns dá para ver fácil. Tem o cobre, o alumínio, o ouro - uma camada bem fininha. Em uma caixa, por exemplo, há mais de 30 gramas de ouro.

Marcus vende as placas eletrônicas para empresas na Europa, que extraem os metais.
As carcaças plásticas dos eletrônicos são vendidas para uma empresa nacional de reciclagem, e viram mais um negócio. São 230 toneladas por mês de resíduos plásticos.

“Acredito que faça muita diferença para o meio ambiente, porque imagina só um resíduo industrial, indo para um aterro, os aterros todos superlotados, incineração também, muito difícil encontrar, custo muito caro, acredito que 230 toneladas que a empresa faça hoje têm um retorno bem significativo ao meio ambiente”, diz Eduardo Roberto Golçalves, da empresa de reciclagem.

Os clientes querem matéria-prima com qualidade de nova e preço de velha. Para isso, o essencial é não misturar plásticos variados. Entra em cena uma mão de obra diferente: um especialista em cheiros.

“Raspando, a gente sente o odor do material. Esse aqui é poliestireno. Esse é outro tipo de plástico é ABS. É usado na parte de eletrônicos”, explica Rafael Batista, classificador de plástico.

O plástico separado é moído e depois limpo de resíduos. Quanto mais puro, maior o valor. É uma caça às impurezas. Ela passa um imã pelo plástico triturado em busca aos corpos estranhos. “É muita coisa. 50 quilos por dia.”

O plástico segue para a próxima etapa, em um equipamento chamado estrusora. É conhecida como máquina de fazer macarrão. Ela é bem barulhenta. Derrete o plástico e solta em fios tipo espaguete, em temperatura de 300 graus. Depois, mergulha na água e corre por uma banheira comprida, onde o material esfria e endurece.

A secagem ocorre em vassouras improvisadas e vai para o granulador, de onde sai o macarrão, em forma de grãos. Depois é só embalar e vender. Depois do processo, o lixo de plástico vale R$ 4 o quilo e é muito disputado pelo mercado.

O granulado é vendido para outra empresa onde, finalmente, o lixo plástico volta a ser produto.

Ele é derretido e transformado em peças de comunicação visual: acabamento para banners e cabos de bandeira. Com a matéria-prima reciclada mais barata, os produtos custam até 50% menos que os feitos de material virgem.

“É para empresa que quer comprar mais barato. E beneficia nós também, os empresários, porque nós temos também um custo menor. Dá para ter uma margem sim, mas beneficia tanto um quanto o outro”, relata a empresária Vanda Guerra.

O mercado de reciclados é crescente. Por ano, o Brasil gera mais de três quilos de lixo eletrônico por habitante. Agora, a lei força a redução dessa quantidade e surgem as oportunidades de negocio.

“Nós não paramos de comprar eletroeletrônicos. Qualquer consumidor não para de comprar. Quantos mais compramos, mais esse mercado vai ter. A gente une os 2 mercados do futuro: informática e sustentabilidade, unidos num mercado só. Então esse mercado é crescente e duradouro”, diz Freitas, da associação de reciclagem.

Fonte: G1

publicado por adm às 23:49

Outubro 07 2012

Em Atibaia, no interior paulista, um empresário desenvolveu o papel semente. A ideia, que tem como a reciclagem, é realizada de forma artesanal e contribui para a revolução ecológica no mercado.

A criação pode ser usada em cartões, convites, marcadores de livros, entre outras opções.

A empresa recebe cerca de 8 mil toneladas de folhas usadas, que são doadas pela Bolsa de Valores de São Paulo.

O processo de produção é parecido com a reciclagem de papel que todos estão acostumados.

A diferença está nas sementes que ficam nas folhas. Para isso, outro papel é reciclado e colocado por cima da tela, para que os grãos não caiam.

Depois, o papel é levado para secar ao sol.

Cerca de 4 mil folhas de papel semente são produzidas artesanalmente.

No verso dos produtos criados a partir deste material estão informações de como plantar o papel semente. A impressão é feita com tinta a base de água, já que corantes mais fortes podem matar a vida presente dentro da folha.

Depois, basta colocar o papel semente molhado sob a terra.


fonte:http://www.tvdiario.com.br/diariotv/index.php?option=com_content&view=article&id=15794:empresa-cria-papel-semente-com-reciclagem&catid=46:meio-ambiente&Itemid=34

publicado por adm às 10:54

Outubro 07 2012

Emissões concretas

Milhares de caçambas trafegam todos os dias pelas grandes e pequenas cidades do mundo todo, levando para descarte milhões de toneladas de pedaços de concreto retirados de obras e demolições.

O impacto sobre o meio ambiente, e o custo das novas construções, seriam muito menores se fosse possível reciclar esse concreto.

Para se ter uma ideia do impacto das emissões de CO2 geradas pela produção de cimento, basta ver que a produção de uma tonelada de cimento libera de 650 a 700 quilogramas de dióxido de carbono.

Isto significa que de 8 a 15 por cento da emissão anual global de CO2 é devida unicamente à fabricação de concreto.

E, até hoje, não existe uma solução ideal para a reciclagem do concreto descartado.

O que existe hoje é o chamado downcycling, com a reutilização de uma parte do material em aplicações menos nobres, cuja qualidade deteriora a cada reutilização.

Reciclagem do concreto e cimento

Não satisfeito com a situação, o Dr. Volker Thome, do Instituto de Física das Construções, em Holzkirchen, na Alemanha, foi buscar inspiração em uma técnica explosiva criada por pesquisadores russos nos anos 1940.

Ele queria eliminar o maior problema de todas as tentativas feitas até agora de reciclar o concreto e o cimento: a enorme quantidade de poeira gerada na moagem do material.

Além disso, seu interesse é obter de volta as partículas de brita incorporadas no concreto, e reutilizá-las sem perda de qualidade, para o que a moagem não é uma solução adequada.

Para alcançar esses objetivos, Thome reviveu um método desenvolvido por cientistas russos na década de 1940, mas que depois foi abandonado: a fragmentação eletrodinâmica.

Esta técnica permite que concreto seja dividido em seus componentes individuais - agregado e cimento.

Força dielétrica

O método de "desmontagem" do concreto consiste em uma autêntica tempestade de raios, rompendo o concreto com descargas elétricas.

"Normalmente um raio prefere viajar através do ar ou da água, e não através de sólidos," explica Thomas. Mas, para que o raio exploda o concreto, é necessário garantir que ele atinja e penetre no aglomerado.

Mais de 70 anos atrás, cientistas russos descobriram que a força dielétrica, isto é, a resistência de um fluido ou sólido a um impulso elétrico, não é uma constante física, mas varia com a duração do raio.

"Com uma descarga extremamente curta - menos de 500 nanossegundos - a água atinge imediatamente uma força dielétrica mais alta do que a maioria dos sólidos," explica Thome.

Isto significa que, se o concreto estiver imerso em água e for atingido por uma descarga de 150 nanossegundos, o raio vai correr através do sólido, e não através da água.

Fragmentação eletrodinâmica

Esta é a essência do método.

No concreto, o raio corre ao longo do caminho de menor resistência, a fronteira entre os componentes que o formam, ou seja, entre o cascalho e o cimento.

O primeiro impulso enfraquece mecanicamente o material. Em seguida, forma-se um canal de plasma no concreto que cresce durante alguns milésimos de segundo, produzindo uma onda de pressão de dentro para fora.

"A força dessa onda de pressão é comparável com uma pequena explosão", diz Thome.

O concreto é dilacerado e dividido em seus componentes básicos, estando todos prontos para reúso.

No experimento em escala de laboratório, os pesquisadores já conseguem processar uma tonelada de resíduos de concreto por hora.

"Para trabalhar de forma eficiente, nosso objetivo é atingir um processamento de pelo menos 20 toneladas por hora," diz Thome.

Segundo ele, a expectativa é que, dentro de dois anos, o sistema possa estar operando em escala industrial, pronto para lançamento no mercado.

fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/no

publicado por adm às 10:54

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